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Artigo: Formando cidadãos – a educação para além da sala de aula

24 de maio de 2021

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  • Educação integral
  • Ensino Fundamental
  • Ensino Médio
  • Formação integral
  • Poliedro Colégio

Alunos na abertura do PoliONU (2019)

*Por Andrea Godinho, coordenadora do Ensino Médio do Poliedro Colégio

Com as diversas transformações econômicas, políticas e sociais que têm ocorrido ao redor do mundo, fica cada vez mais difícil enxergar a pedagogia como algo restrito às salas de aula. Diante de tantas mudanças em curso, aliadas à percepção da geração atual, com senso crítico aguçado e envolvimento com temáticas contemporâneas, um novo termo ganha cada vez mais força: o propósito.

É urgente que as escolas entendam que há uma demanda por novas formas de educar, que façam sentido na realidade de cada estudante e que estabeleçam canais de confiança para que falem sobre os problemas do dia a dia e entendam as melhores maneiras de resolvê-los. Isso significa retê-los, engajá-los e solidificar laços.

Assim, fica simples entender que, dentro da escola, é importante que o aluno encontre um espaço de descobertas e discussões de temas relevantes conectados às suas rotinas. Que se sintam confortáveis para trazer seus próprios problemas e questões e tentem trabalhá-los com o apoio dos professores. São iniciativas que estimulam o contato com a diversidade e a heterogeneidade que compõem o ambiente educacional, desenvolvendo reflexões e instigando o senso crítico.

Quando o adolescente adquire as habilidades que podem ajudar na resolução de problemas de qualquer ordem, ele sai daquela posição em que acredita que deve repetir o que os professores fizeram durante a aula, por exemplo. Dessa forma, ganha maior autonomia e passa a entender como os ensinamentos acadêmicos se aplicam na prática, desenvolvendo flexibilidade para lidar com diversos modelos. Desenvolver competências e habilidades deve ser nosso real objetivo como educadores.

Também é possível, a partir dessa premissa, desenvolver uma metodologia que leve o estudante a conquistar um melhor desempenho em qualquer exame ou processo seletivo. Podemos perder tempo explicando as muitas formas que um determinado conhecimento já foi avaliado e, mesmo assim, não garantir que o estudante se aproprie daquele conhecimento, ou podemos prepará-lo para ser autônomo para lidar com as diversas possibilidades.

Citando Paulo Freire, a educação deve partir de uma concepção problematizadora e o conhecimento resultante deve ser crítico e reflexivo. As experiências que fazem a diferença são aquelas que estimulam a tomada de decisão, a responsabilidade e a liberdade. Estudantes conscientes de seus direitos, deveres e valores podem fazer boas escolhas sem depender de alguém que indique o tempo todo o caminho a ser seguido.

A reforma do Ensino Médio caminha nesse sentido, já que propõe uma nova estrutura curricular para a 1ª série do Ensino Médio em 2021. Agora, além das disciplinas comuns e obrigatórias, definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com obrigatoriedade a partir de 2022, os alunos poderão se aprofundar nas áreas de maior interesse ou de acordo com suas intenções de carreira por meio dos chamados Itinerários Formativos.

Com os novos currículos, estamos seguindo uma tendência de educação para a vida. No Poliedro, trouxemos temas como programação, educação financeira, oficinas de libras e uma série de outros conhecimentos que não são necessários para o vestibular, mas importantes para o desenvolvimento integral de nossos alunos.

Apesar de a reforma do Ensino Médio ter intensificado o movimento, ele já existia em nossa escola há muitos anos e podia ser observado nos eventos que já oferecíamos fora da sala, a exemplo da PoliONU, uma simulação estudantil da Organização das Nações Unidas (ONU) totalmente organizada por alunos e realizada desde 2006. Com todas as experiências que já tivemos, foi possível atender a nova legislação de uma forma coerente e sustentável para uma “virada de chave” assertiva.

O fato é que o papel da escola vem se transformando constantemente e os jovens deixaram de seguir um papel imposto, passando a demandar por seus próprios projetos de vida. Eles contestam, exercem o pensamento crítico e precisam enxergar que a escola faz sentido. Assim, as instituições de ensino devem considerar objetivos diferentes, seja passar no vestibular, estudar no exterior, empreender ou qualquer outra possibilidade que os estudantes desejem. Cabe a nós oferecer o apoio que o aluno precisa!

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