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Como identificar e combater o bullying escolar

01 de junho de 2022

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  • Bullying
  • bullying na escola

Como identificar e combater o bullying escolar

Bullying é um conceito presente em diversas instituições escolares, os estudos sobre o tema nos levam a perceber a violência e exclusão de uma forma aprofundada e efetiva. No entanto, não basta ter ciência de que existe bullying, é preciso saber como identificar quando está acontecendo e como construir estratégias para combatê-lo e para aumentar o acolhimento ao estudante.

Dados levantados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, PISA, apontam que um a cada dez alunos brasileiro é vítima de bullying. Enquanto os números da ONU apontam que metade dos estudantes do mundo todo já foram vítimas de algum tipo de bullying, esse número chega a 53% no Brasil, ainda segundo a ONU.

No texto a seguir, apresentaremos o conceito de bullying e três atitudes indicadas por especialistas para combatê-lo: identificação, prevenção e repressão!

Confira tudo o que você precisa saber sobre bullying e proporcione um ambiente mais saudável na sua escola!

O que é bullying?

Toda legislação que normatiza a educação brasileira nos indica a importância da condição de igualdade e permanência no ambiente escolar, especialmente a Constituição Federal, em seu artigo 206, como também na Lei de Diretrizes e Bases (LDB 1994/96) e o Estatuto da Criança e do Adolescente. (ECA 1990)

As consequências da prática de bullying pode ser tão séria que, em casos extremos, leva estudantes, alvo das agressões, a não permanecerem no ambiente escolar.

Embora não exista tradução precisa para a palavra, podemos compreender o bullying como um tipo de assédio moral praticado no período da infância ou da adolescência, suas consequências podem até promover uma profunda desestabilização emocional em quem sofre as ações. As motivações para quem o pratica pode coincidir com questões sociais como, por exemplo, características físicas e questões de gênero, mas também pode ocorrer sem motivação aparente.

A melhor maneira de explicar o bullying é associá-lo a uma espécie de cerco que se forma ao redor da criança ou do adolescente que se torna vítima do agressor. Isso porque o bullying só pode ser considerado assim caso exista repetição dos atos.

Frequentemente, também é cometido por mais de um estudante. Nesses casos, a maioria dos colegas, ou a turma toda, toma como diversão entre eles a prática do contra um colega de turma, que, por sua vez, desencadeia um sofrimento emocional no ambiente escolar.

Esse tipo de ação nem sempre é praticado diante dos olhos dos adultos, por isso, o professor pode conviver com a turma e não perceber o que está acontecendo no seu ambiente educacional, em sua sala de aula. Por isso, toda a comunidade escolar é responsável por manter um olhar atento e proporcionar que o ambiente escolar seja seguro para todos os alunos.

A criança ou o adolescente, vítima de bullying, na maioria dos casos, sente-se inibida ou receosa para compartilhar com um adulto o que está acontecendo consigo por medo de ser ainda mais agredida por seus opressores. Embora possa haver ataques físicos, a principal característica do bullying são as ofensas e os ataques verbais. 

Por essa razão, a família deve ter um olhar atento ao comportamento estranho que a criança ou adolescente possa estar apresentando e começa a desconfiar se ela ou ele está sendo alvo dessas práticas. Geralmente, as vítimas assumem uma postura mais quieta, triste ou demonstram falta de vontade ou se negam em ir à escola sem motivo aparente.

Como identificar o bullying?

É possível que o educador seja capaz de identificar essas ações de violência em sua sala de aula desde quando ele conheça as razões que motivam o autor do bullying a praticá-lo, principalmente como ele se instala no ambiente escolar.

Para tanto, é preciso abordar o tema de forma clara com a turma, pontuando que essas ações não serão admitidas na escola. É fundamental desenvolver um trabalho de conscientização nas crianças desde cedo sobre o quanto esse tipo de violência pode ser prejudicial, tanto para aqueles que praticam, como para os que sofrem.

Existem três critérios que ajudam a identificar quando a prática está sendo instaurada no ambiente:

  • As ações de bullying são repetitivas.
  • As ações sempre são desequilibradas do ponto de vista de poder, portanto, as vítimas ficam indefesas diante dos ataques.
  • Inexiste razão para os ataques, embora as agressões possam explorar as características físicas ou sociais das vítimas.

Além disso, existem definições sobre os participantes do bullying e todos precisam ser cuidados e, por vezes, tratados com psicoterapias. Isso porque quem realiza o bullying, chamado agressor, constantemente precisa se colocar em relações de poder em que se sente melhor e mais forte para estar bem no ambiente escolar. 

As vítimas são eleitas de forma inconsciente por seus agressores, mas tendem a ser pessoas em situação de poder inferior no momento, por algum motivo. Podem ser estudantes novatos, estudantes que se destacam muito pedagogicamente, crianças e adolescentes muito tímidos e também crianças de etnias discriminadas, religiões minorizadas ou sotaque diferenciado.

Além de vítimas e agressores, existem ainda testemunhas silenciosas, a maioria da turma, que sabem e têm o hábito de assistir às agressões sem intervir, além de sentirem muito medo de serem as próximas vítimas. Às vezes, chegam a colaborar com o bullying para se sentirem incluídas no grupo dos mais fortes. O bullying pode ainda acontecer no ambiente virtual da escola e nas Redes Sociais dos estudantes.

Prevenção, combate ao bullying e acolhimento

Quando se trata de bullying, as ações de prevenção e combate andam juntas no ambiente escolar. Identificar quando está ocorrendo é sempre um desafio, mas os educadores devem desconfiar sempre que um estudante não é aceito nos grupos de trabalho.

A melhor forma de combater o bullying é não fechar os olhos para a existência muito possível dessa forma de agressão em praticamente todas as escolas. 

Além de estar sempre atento, é necessário lembrar que as intervenções devem ser feitas de forma comedida, pois a criança vítima de bullying se sente fortalecida quando o educador confia nela como capaz de se defender. 

No entanto, os agressores precisam saber que não há espaço para suas ações no ambiente escolar. O ideal é que ambos, agressores e vítimas, sejam encaminhados para um profissional psicólogo, de preferência institucional.

Os projetos sobre bullying e acolhimento em todas as etapas da educação costumam funcionar muito bem porque sinalizam para todos que a escola não tolera esse tipo de violência, considerando ainda que estatísticas estudos citados por especialistas indicam que praticantes de bullying que se fortalecem e não são interrompidos em suas práticas tendem a se tornar adultos propensos à criminalidade e à pouca compaixão e respeito com os demais. Esses dados são apresentados por Maria Rita Zoega Soares em seu livro “Bullying: a brincadeira que não tem graça.”

O ideal é sempre criar parcerias que envolvam as famílias dos estudantes. Dessa forma, o tema também pode ser trabalhado em casa, fortalecendo os projetos da escola! Leia também o texto sobre como agir se seu filho sofre bullying na escola!

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