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Dicas

Como ensinar educação financeira para as crianças?

20 de julho de 2022

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Educação Financeira para crianças

Saber estabelecer uma boa relação com o dinheiro pauta uma série de habilidades práticas necessárias para a vida social, como: poder de decisão, autonomia das escolhas, análise racional de situações cotidianas, acesso a bens e serviços etc. Isso acontece porque o dinheiro é a moeda de troca que possibilita não só a concretização dos nossos desejos e sonhos, mas a subsistência e manutenção da vida.

Quanto mais cedo compreende-se o funcionamento e o gerenciamento desse recurso, melhor nos preparamos para a construção de uma vida autônoma. Por isso, embora seja um assunto mais pautado entre adultos, é necessário propiciar educação financeira para crianças. Esse é um passo que pode tornar um adulto responsável e capaz de cumprir suas próprias demandas.

Mas, como conversar sobre dinheiro com crianças? De que forma fazer com que esse diálogo seja feito de modo compreensível e lúdico? Para responder a essas e outras questões, o Poliedro Colégio separou algumas dicas para ajudar você a introduzir esse assunto no cotidiano das crianças.

Continue a leitura e saiba mais!

Quando as crianças começam a compreender o que é dinheiro?

Ainda na primeira fase da infância, por volta dos três anos de idade, as crianças começam a compreender a relação de compra, a equivalência efetuada nas trocas. Ou seja, elas entendem que para se ter determinado objeto é preciso “trocá-la” por outra, isto é, comprá-la. No entanto, o conceito de dinheiro, nesse momento, é ainda muito abstrato, pois as crianças não sabem que essa relação de troca possui um custo, que até ganhar dinheiro exige um custo.

É nesse ponto que os pais e responsáveis devem atuar: é preciso explicar para os pequenos que determinadas aquisições são possíveis porque alguém paga por elas, com dinheiro. Recurso esse que advém do trabalho.

Como introduzir a educação financeira para crianças em casa?

1- Explique o que é o dinheiro

Muitos pais e/ou responsáveis já passaram pela típica situação: a criança pede alguma coisa em uma loja ou supermercado e se a resposta for negativa, pode despertar sentimentos, como frustração, ou até mesmo choro. Bem, se o seu filho já verbaliza o desejo por objetos que necessariamente precisam ser comprados, isso significa que é uma boa hora para introduzir uma conversa sobre dinheiro.

Bem, primeiramente, você pode começar o diálogo inserindo questões básicas, como:

  • para quê o dinheiro serve?

Nesse ponto, tente salientar que o dinheiro serve para garantir as nossas necessidades básicas, como: comida, moradia, roupas, mobilidade – a possibilidade de ter um carro ou pagar a passagem de um transporte público – etc. Para além das necessidades, aborde também que o dinheiro é uma ferramenta que nos ajuda a realizar alguns sonhos, como: viajar, comprar brinquedos, conhecer lugares etc.

  • como se ganha dinheiro?

Depois de explicar qual a funcionalidade do dinheiro, aborde sobre como adquiri-lo. Aqui, vale dizer sobre o seu trabalho, o que você faz etc; elenque que há uma série de funções que as pessoas exercem e são remuneradas, por isso. Trazer esse tópico para o diálogo é importante, pois fará com que a criança entenda que o trabalho precede o “ganhar” dinheiro.

2- Defina com a criança quais são as necessidades e os desejos dela

Dado o primeiro passo, por que não pensar com a criança sobre quais são os desejos dela? Ou seja, o que ela quer adquirir. Essa é uma boa entrada para que os pequenos aprendam sobre os custos das coisas. Por exemplo, se a criança pediu um novo game, sente-se com ela e pesquise sobre o item. Direcione a atenção para o valor e tracem juntos um plano para adquiri-lo.

3- Não diga sempre sim ou diminua as “vontades” da criança

Saber valorizar as nossas aquisições, o custo delas e definir nossas prioridades são características que levaremos para toda a vida. Nesse sentido, já na infância, procure estabelecer limites aos pedidos das crianças. Dialogue com ela sobre a real necessidade de se comprar uma coisa e pense em como viabilizar a compra.

Essas dicas aparentemente tão simples farão com que as crianças, dentro do contexto delas e do limite de entendimento, sejam inseridas no processo de trocas que envolvem o dinheiro.

4- Disponibilize uma pequena mesada mensal ou semanal

Bem, se você já conseguiu introduzir todos os tópicos anteriores na conversa sobre dinheiro com as crianças, dê a ela um mecanismo para efetivar os conhecimentos aprendidos. A mesada, nesses termos, torna-se um recurso educacional e ajuda a criança a compreender quais são os seus recursos e saber geri-los de acordo com as suas necessidades e vontades.

A educadora financeira, Silvia Alambert, em contribuição para matéria da revista Exame, salienta que se você pretende dispensar uma mesada para o seu filho, é importante verificar com os outros pais a média de valor atribuído para esse fim. Segundo a educadora, “O valor não pode ser tão alto que sobre muito, nem tão baixo que a criança se sinta excluída de seu grupo”.

Ao inserir a mesada, fique atento e evite:

  • NÃO defina como o seu filho deverá gastar o dinheiro;
  • NÃO condicione a mesada ao cumprimento de afazeres domésticos (as crianças devem, sim, colaborar com trabalhos domésticos, assim como todos os integrantes da família, mas condicionar essa ajuda ao pagamento de mesada pode fazê-las entender que não têm obrigação com a manutenção da casa);
  • Se o dinheiro da mesada acabar antes do prazo estipulado por você, EVITE “emprestar” ou dar novos valores.

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5- Dê importância ao gesto de poupar

Dê importância ao gesto de poupar e incentive esse comportamento em casa. Explique para a criança que se ela poupar, pelo menos, 10% de tudo que recebe, poderá usufruir do resto do dinheiro e ainda conseguir juntar mais para comprar algo que queira muito.

6- Utilize os jogos como ferramentas didáticas

Hoje o mercado oferece uma série de opções de jogos para crianças entre os 5 e 12 anos que colaboram no processo de educação financeira, pois ajudam a concretizar os aprendizados tidos em casa. Os jogos de tabuleiro, por exemplo, são ótimas opções, pois apresentam situações reais, estimulam o raciocínio, a tomada de decisões e, ainda, podem ser jogados por toda a família.

  • Opções de jogos para pesquisar:
    • Jogo da vida;
    • Banco imobiliário;
    • Jogo Dia de Mesada, Turma da Mônica.

Embora muitas vezes falar sobre dinheiro não seja fácil para muitos, trazer esse assunto para a infância é a melhor forma de ensinar os pequenos a ter responsabilidade sobre as próprias escolhas.

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