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O que é desenvolvimento cognitivo e como incentivá-lo

Publicado em 22 de junho de 2022Atualizado em 11 de outubro de 2024.

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O que é desenvolvimento cognitivo e como incentivá-lo

O desenvolvimento cognitivo está relacionado à nossa capacidade de aprender, reter informações e responder aos desafios cotidianos. Tal processo não é estático, mas continuamente aprimorado, desenvolvido ao longo de todas as fases da vida, da infância à velhice.

Durante a infância, por exemplo, a criança começa a aprender a partir da sua interação com o mundo e com os estímulos que recebe, seja em relação ao espaço físico, seja em função do contato familiar. Esse processo pode ser visto nitidamente durante a aquisição da linguagem, momento no qual as crianças aprimoram a própria comunicação, passando do choro e do balbucio ao uso de palavras e frases mais estruturadas. Junto a isso, elas passam a experimentar mais independência nas soluções de pequenos problemas do dia a dia.

A infância e a adolescência são períodos em que esse desenvolvimento acontece com mais rapidez e momentos em que os processos de aprendizado são exponenciais. No entanto, isso não acontece de forma linear, ou seja, as crianças aprenderão de forma distinta, em tempos distintos, de acordo com os incentivos externos e com suas próprias habilidades.

A infância é uma das fases essenciais para ampliar o desenvolvimento cognitivo. Você sabe como colaborar com o seu filho? O Poliedro Colégio preparou este texto para te ajudar!

Os quatro estágios do desenvolvimento, segundo Piaget

Segundo o psicólogo e biólogo Jean Piaget, o desenvolvimento cognitivo acontece em quatro estágios: o sensório-motor, o pré-operatório, o operatório concreto e o operatório formal. A passagem de um estágio a outro deve ser equilibrada para que as crianças não sofram com eventuais defasagens. Resumidamente, essas etapas compreendem as questões descritas a seguir.

1 – Sensório-motor

Essa etapa começa no nascimento e termina entre 18 e 24 meses de idade. Nesse período, a inteligência da criança é mais perceptiva, com base na interação com objetos concretos.

A partir desse processo, os bebês, já nos primeiros meses de vida, desenvolvem e ampliam a sua capacidade sensório-motora, começam a se movimentar e reagir, de forma intencional e consciente, aos estímulos externos, na medida em que percebem e interagem com objetos e pessoas ao redor.

2 – Pré-operatório

O estágio pré-operatório acontece entre 2 e 7 anos de idade. Nessa fase, as representações mentais ganham força, e a criança começa a elaborar a sua realidade a partir de um pensamento mais lógico.

Nesse período, a aquisição da linguagem verbal se intensifica. Além disso, as palavras passam a ser o suporte principal da comunicação, que vai, aos poucos, tornando-se mais ágil e coerente.

3 – Operatório concreto

Nessa fase, que acontece dos 7 aos 11 anos, as crianças compreendem melhor conceitos como os números, elaboram e interiorizam mais os próprios pensamentos e possuem ideias próprias acerca do mundo. Esse estágio compreende o momento em que a linguagem é melhor socializada e o raciocínio fica mais lógico. Ademais, nesse período, as crianças estão mais autônomas em relação aos adultos.

4 – Operatório formal

O último estágio inicia-se a partir dos 11 anos de idade. Depois de passar pelos três estágios anteriores, a criança já é capaz de construir conclusões acerca de situações hipotéticas. Em outras palavras, ela consegue inferir uma conclusão sem necessariamente ter vivenciado um fato, tomando como base apenas as informações que lhes forem apresentadas.

O papel da escola e da família no desenvolvimento cognitivo

Se a aprendizagem é intermediada pela relação do sujeito com o mundo, as esferas sociais habitadas por ele influenciarão diretamente nesse processo. Durante a infância, as crianças dividem o seu tempo entre a casa e a escola. Esses espaços passam a ter importância fundamental, central, no crescimento delas.

Uma das funções inerentes à educação escolar é estimular o desenvolvimento cognitivo dos estudantes de acordo com cada estágio, para que, no futuro, sejam adultos que desfrutem plenamente de suas capacidades de assimilação, raciocínio lógico e resolução de problemas. Nesse sentido, todas as dinâmicas e metodologias escolares são pensadas para beneficiar e ampliar as habilidades dos estudantes, em todas as idades. Porém, também cabe aos pais e responsáveis estimular esse desenvolvimento em casa.

Leia também: Como estabelecer uma parceria entre família e escola.

 

Invista em brincadeiras que trabalhem as habilidades sensório-motoras, concentração e memória.

Para fornecer as ferramentas necessárias para que o seu filho explore o mundo ao redor e aprenda novas coisas a partir disso, um caminho simples pode ser o de propor brincadeiras que ajudem-no a trabalhar os desafios próprios da idade. As brincadeiras são ótimos meios para trabalhar o desenvolvimento cognitivo, pois envolvem elementos importantes, como interação social, facilitam o aprendizado, incentivam a imaginação e a criatividade.

Não sabe por onde começar? Para ajudar, separamos algumas atividades. Confira!

  • Manipular massinhas coloridas

A manipulação de massinhas coloridas ajuda a fortalecer os músculos das mãos, estimula o desenvolvimento sensório-motor e coloca as crianças em contato com cores e texturas diferentes.

  • Brincar de terra, céu e mar

A clássica brincadeira ajuda na concentração e na noção de espacialidade. Além, claro, de ser bastante divertida!

  •  Cantar

Utilizar a música para desenvolver a linguagem pode ser uma excelente estratégia! Aprender a cantar pode ampliar o desenvolvimento da memória, do processo de alfabetização e de habilidades auditivas.

  • Desenhar

Procure ter em casa materiais diversificados, como lápis de cor, giz de cera, tintas, canetinhas hidrográficas, réguas geométricas, carimbos e adesivos, para que as crianças elaborem o próprio mundo a partir do desenho! Essa é uma atividade que também aprimora a concentração e a criatividade.

  • Jogar com blocos de montagem (lego) e quebra-cabeças

Esse tipo de brincadeira ajuda a criança a aprimorar o raciocínio, a coordenação e o reconhecimento de formas.

Além das brincadeiras, é importante manter conversas constantes com os pequenos e oferecer momentos de lazer nos quais eles possam desfrutar com liberdade as descobertas possíveis da infância. Nesse ponto, vale fazer uma visita semanal aos parques da cidade, ir a peças de teatro ou realizar outras atividades destinadas ao público infantil.

Leia mais aqui: 5 dicas de atividades para fazer nas férias com as crianças.

 

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